sexta-feira, 13 de abril de 2012

Twitter e Aprendizagem

Leia artigo de Alexandre Santille, sócio-diretor do LAB SSJ, sobre como o sistema de envio de mensagens Twitter pode ser aplicado como ferramenta de aprendizagem.
Disponível em: http://www.labssj.com.br/aprendizagem_corporativa/posts/twitter-e-aprendizagem
Diversão e referência. Duas palavras que resumem a forma de usar o Twitter, um sistema simples de envio de mensagens, popular e controverso.
1. Solicite indicações de livros, idéias para atividades ou ferramentas de aprendizagem
1. Solicite indicações de livros, idéias para atividades ou ferramentas de aprendizagem
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As manifestações podem ser triviais ou significativas, não importa. O desafio é se comunicar no máximo com 140 toques, um limite que vira estímulo interessante à objetividade e criatividade. Afinal, ser direto, original e ainda passar a mensagem não é para qualquer um. Mas será que é possível aproveitar o Twitter de alguma forma para a aprendizagem?
Antes de tudo é preciso saber qual é o objetivo de aprendizagem. Pode ser desde reforçar teorias, trocar práticas e referências, conhecer opiniões, tirar dúvidas, até promover alguma reflexão pontual. O importante é que o objetivo esteja claro, isso é que vai influenciar a escolha do conteúdo e a linguagem na hora de publicar. Em segundo lugar, seu público-alvo está preparado para a novidade? Os mais jovens (geração Y) têm mais facilidade, mas isso não impede que os mais experientes se aventurem e tirem bom proveito da ferramenta. O importante é incentivar e fazer com que cada um experimente e tire suas conclusões.
O certo é que o Twitter, pela sua própria configuração, tem o potencial de aproximar experiências de aprendizagem formais de processos mais informais. As pessoas se comunicam com frases concisas que vão direto ao ponto, enviam mensagens que podem trazer links relevantes num ritmo mais próximo da conversa coloquial - o contato é mais direto.
Uma ferramenta desse tipo acaba colocando o aprendiz numa posição de co-autoria. Aliás, “colaboração” é a palavra-chave das redes sociais. Compartilhar conteúdo formal num meio informal parece ser a equação inevitável para criar experiências de aprendizagem mais efetivas.
O interessante nesse formato é o caráter imediato das mensagens e o senso de comunidade que pode fazer os participantes se sentirem mais integrados, transpondo os limites da sala de aula e quebrando as barreiras do encontro presencial. Isso também acaba motivando o interesse pessoal em descobrir o conhecimento por meio de um processo mais divertido e espontâneo. No fundo, a tecnologia acaba sendo só um facilitador de uma necessidade de todos nós, que é a troca, o contato e a colaboração.
Então, se o que importa é trocar, transportar impressões, idéias e conhecimento, o Twitter pode estabelecer outro nível de integração entre aprendizes. Quando as pessoas se comunicam por esse sistema acabam ampliando a percepção de colegas para além dos encontros presenciais. Isso pode aumentar a confiança e a conexão do grupo; conseqüentemente, as conversas tendem a ser mais produtivas e todo mundo se sente mais à vontade para contribuir, gerando uma dinâmica bastante rica.
O grande desafio da arena aberta e sem fronteiras da tecnologia é aproveitar o que motiva, diverte e interessa ao outro e construir em cima dessa realidade. É nesse sentido que o Twitter merece atenção como mais uma ferramenta de aprendizagem.

Dicas de como educadores podem usar o Twitter
2. Solicite ajuda ou conselhos sobre questões de trabalho
3. Poste tweets com fontes úteis da internet, blogs, vídeos, sites, livros, produtos ou serviços que sejam interessantes para facilitadores/professores
4. Compartilhe novos estudos com outros profissionais
5. Inclua tweets sobre seu site, blog ou podcast
6. Convide seguidores para eventos
7. Compartilhe vídeos de aprendizagem bem-humorados
8. Reenvie tweets de outras pessoas que você considera interessantes
9. Associe-se a uma Twibe (grupo com pessoas que pensam parecido)


* Sócio-diretor do Laboratório de Negócios SSJ

quarta-feira, 14 de março de 2012

Mais projetos: Deisy Nanci Urias de Morais

Projeto “Pra falar tem que aprender!”


Introdução
A escola é o local que, por excelência, deve permitir aos alunos que se apropriem de meios eficazes para a comunicação/ interação com a sociedade. Na escola, alunos e professores se deparam, diariamente, com situações de comunicação em variados níveis de formalidade e de informalidade de uso da língua. Pretende-se, com este trabalho, pensando na importância de a escola aproveitar as situações de interação como situações de aprendizagem significativa, oferecer um projeto didático a ser desenvolvido com alunos do 2º ano do Ensino Médio, no qual possam refletir sobre usos da linguagem falada, com ênfase nas situações que exigem mais formalidade do uso da língua nesta modalidade (falada).


Justificativa
Mesmo que a escola se constitua como local privilegiado de interação e comunicação, o ensino de habilidades de comunicação tem se pautado, há tempos, pelo ensino da comunicação por meio da modalidade escrita da língua. Havia (e ainda há) o mito de que, ao ensinar a “escrever bem”, automaticamente ensina-se a “falar bem”. Tal constatação é, como nos mostra Marcuschi (2003), um equívoco, visto que língua falada e a língua escrita não são modos de representação unívocos. São duas maneiras diferentes de usar a língua, com particularidades diferentes de uso. Dessa maneira, cabe à escola também o ensino da linguagem falada, para que os alunos possam compreender que o nível de formalidade, por exemplo, das situações de fala serão decididos de acordo com o gênero exigido, da situação e do público-alvo etc.; informações que devem ser tratadas sistematicamente na/pela escola. Por isso, o presente projeto se justifica pela importância em se trazer para a escola o ensino sistemático da linguagem falada, tendo em vista o desenvolvimento da competência linguística dos alunos, independente da modalidade de uso da língua empregada nas situações de comunicação.


Objetivos
O objetivo geral deste projeto é permitir aos alunos do 2º ano do Ensino Médio que reflitam sobre a importância do planejamento para o sucesso das situações de comunicação oral formais das quais participam (ou venham a participar). Para atingir ao nosso objetivo geral, perpassaremos por outros objetivos: levar os alunos a perceberem que não basta aprender a escrever bem para que aprendamos a falar bem; permitir que percebam que a língua falada, assim como a escrita, apresenta regras e normas de realização social.


Recursos
Para a realização do projeto, usaremos vídeos baixados da internet para a análise inicial; uma filmadora para os registros das apresentações dos alunos; um computador com acesso à internet para a postagem dos vídeos das apresentações dos alunos.


Desenvolvimento
1ª etapa: os alunos assistirão a variados vídeos nos quais possam analisar situações de uso da língua falada. Tais vídeos apresentarão tanto situações mais formais como situações menos formais de uso da língua falada. Ao assistirem aos vídeos, deverão registrar as diferenças percebidas em relação ao uso da linguagem falada, tais como: a postura corporal, os gestos, a entonação, o tipo de vocabulário empregado, as vestimentas etc. nas diversas situações de interação analisadas. Nesta etapa, devem ser levados a perceberem que a linguagem falada pode ser realizada de maneira mais ou menos informal, de acordo com a situação social que a exige.


2ª etapa: após a etapa de análise das características de usos possíveis da linguagem falada, os alunos deverão escolher um conteúdo de alguma disciplina (menos de Língua Portuguesa) para que preparem comunicações orais. Pretende-se que os alunos percebam que os conhecimentos relacionados à aprendizagem da linguagem não se restringem à disciplina de Língua Portuguesa. Depois de escolhidos os temas, os alunos deverão se debruçar a prepararem/ planejarem as apresentações, que deverão ter no mínimo 20 e no máximo 30 minutos de duração. Essas apresentações poderão ser assistidas pelos professores das disciplinas escolhidas pelos alunos para a elaboração da apresentação e por outros convidados, visto que serão apresentadas em horários diferentes dos horários de aula, no auditório da escola.


3ª etapa: apresentação e gravação das apresentações. Nesta etapa, os alunos materializarão as apresentações, tendo gravadas as comunicações orais. Os vídeos deverão ser postados num canal de vídeos na internet (Youtube) para que todos tenham acesso, além de os vídeos poderem ser assistidos por terceiros.
Tempo de duração do projeto: 3 aulas para a análise e discussão das características da linguagem falada. As apresentações deverão acontecer em horários diferentes, de acordo com a disponibilidade de uso do auditório.


Avaliação
Todas as atividades serão avaliadas pelo professor, por meio de registros sobre a participação, o desempenho e o envolvimento dos alunos no processo de realização do projeto. Ao final de cada etapa, os alunos participarão de rodas de autoavaliação, nas quais poderão refletir sobre seu próprio desempenho em relação às atividades propostas e sobre o conhecimento sobre a linguagem falada gerado durante o projeto.


Referências
MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2003.

Mais projetos: Tânia Bogdanovic Saade

Projeto  –  Calma! Não é o fim do mundo
De tempos em tempos, surgem “profetas do apocalipse” anunciando o fim do mundo. Em um planeta em crise, esse é um tema que chama a atenção de nossos jovens. Por outro lado, todos nós de vez em quando reagimos de forma excessiva a alguns eventos, e pequenos incômodos podem ser tratados como se tivessem grandes proporções, como se fossem “o fim do mundo”.
Objetivos
Entender que o texto de opinião defende um ponto de vista sobre determinado assunto que é fundamentado com explicações, com razões.
Reconhecer os efeitos de sentido decorrentes da escolha de determinadas palavras ou expressões.
Fazer uso de uma linguagem clara, direta e precisa.
Conhecer dados históricos sobre profecias relacionadas ao fim do mundo.
Identificar problemas ambientais que poderiam ocasionar um desequilíbrio global. 
Conteúdos
Produção de texto (Língua Portuguesa).
Profetas (História)
Preservação ambiental (Ciências)
Ano 9º
Tempo estimado Seis aulas
Material necessário
Textos polêmicos apresentados pelo professor sobre o tema do projeto e pesquisa feita pelos alunos na internet.
Desenvolvimento
1ª etapa
Discutir com a turma o crescente interesse sobre o assunto do final dos tempos, que acontecerá como previsto em 2012.
Por se tratar de um projeto transdisciplinar será discutido pelos professores de História, Ciências e Língua Portuguesa que estarão junto com os alunos concatenando todas as ideias e os materiais pesquisados.
2ª etapa
Apresentação de textos polêmicos em que os alunos discutirão através de chats.
3ª etapa
 Os alunos publicarão um texto de opinião no blog da sala.
4ª etapa
 Os alunos confeccionarão folders com ferramentas disponíveis no computador como, InDesign, Power Point, Word e utilizarão a mala direta como meio para enviar os folders a fim de conscientizar a comunidade. Poderão elaborar enquetes sobre a maneira como a população age frente aos problemas hoje encontrados em nosso planeta e para estes fins utilizarão as redes sociais.
Avaliação
Observar os textos produzidos pelos alunos mostrando as finalidades a que eles se propõem. 


Segundo Margall (2011) “em educação, a quebra de paradigmas não tem fim. O aluno que parece não estar prestando atenção na aula, checando mensagens no Twitter, pode estar procurando informações essenciais para a discussão em sala de aula; numa universidade, o aluno que troca mensagens via Facebook com seu amigo pode estar simplesmente realizando um trabalho em grupo”.
Referência bibliográfica
MARGALL, Gonçalo. Novos paradigmas de sala de aula. Disponível em: <http://professordigital.wordpress.com>. Acesso em: 6 jan. 2011.


 “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”. (Paulo Freire)

Mais projetos: Evânia Silva Louro

Foco:


Ensinar os alunos a trabalhar suas capacidades de ler, analisar e traçar em poucas linhas o que de fato é essencial e mais importante para o leitor.
Desenvolver a habilidade de sintetizar um texto pode se tornar um ótimo recurso que poderá ajudar o aluno em todas as disciplinas, pois estará atento às ideias principais e se lembrará dos pontos chaves do conteúdo. 


Público-alvo:
Alunos do Ensino Médio.


Recursos a serem utilizados:
-Computador,impressora, celular, Internet, jormais, revistas, livros, etc.


Objetivos
1) Identificar e analisar biografias de quaisquer pessoas que eles admiram;
2) Motivar os alunos para a leitura crítica da opinião contida em diversos sites sobre a pessoa escolhida;
3) Desenvolver técnicas de escrita de textos; 
4) Intensificar a precisão semântica;
5) Conhecer e exercitar a coerência e a coesão textuais.


Estratégias
Aula 1
1) Peça aos seus alunos para que eles pensem em uma pessoa famosa que eles adiram;
2) Com o uso da Internet, solicite aos seus alunos que selecionem textos biográficos desta personalidade. Nota: Caso a escola tenha disponível impressora, imprima-os, caso contrário, peça aos alunos para copiarem parte de suas pesquisas, ou até mesmo, para àqueles que possuem celular tirarem fotos das páginas pesquisadas.
3) Peça aos seus alunos para navegarem na Internet e buscarem textos sobre a trajetória pessoal e profissional desta personalidade. 
4) Feita a pesquisa, cada aluno deverá informar em voz alta para o restante da turma, o nome da personalidade escolhida. 
5) Apresente, modelos de textos biográficos, explique quais são os elementos principais que devem conter em biografias.
6) Promova a discussão e estimule a turma a argumentar sobre o assunto;
7) Em casa, aos alunos devem pensar sobre suas personalidades e coletarem materiais em jornais, livros e revistas sobre estas. Estes materiais deverão ser trazidos para a próxima aula. 


Aula 2
1) Os alunos deverão escrever uma pequena biografia com no máximo 15 linhas. Eles poderão utilizar os materiais que eles colheram em casa e na internet. Essa atividade irá levar todo o tempo de aula e a professora irá auxiliá-los durante este tarefa. 
2) Os alunos deverão entregar os textos para a professora para que ela os corrija. Neste momento, a professora traçará em suas anotações, as principais dificuldades dos alunos na escrita. Esses dados poderão ajudá-la nos planejamentos das próximas aulas.


Aula 3
1) A professora destribui os textos corrijidos. 
2) Os alunos deverão apresentar suas biografias na sala de aula e posteriormente, em um blog, que deverá ser criado por algum aluno voluntário que fique como representante da turma.
3) Como estímulo, os textos serão enviados para possível publicação na Wikipédia.
4) Como comentário geral, a professoa, deverá explicar os erros apresentados na redação das biografias e elogiar o entusiasmo de todos os alunos. 

Mais projetos de professores que cursam a especialização da UGF: Camilla Peres Magalhães

Projeto: Cordel Encantado


Público – alvo: Alunos do 1º ano do Ensino Médio.


Número de aulas: 05 aulas


Objetivo: Divulgar a literatura de cordel que é um gênero popular da cultura nordestina e escrito frequentemente na forma rimada. Conhecer os principais autores, o tipo de material utilizado para confecção dos livros, forma de venda e de divulgação e origem de sua criação.




Atividades: Filme recital de cordel para ser apresentado no dia do projeto; Divulgação dos convites nas redes sociais (Orkut, facebook, twitter); cenários e figurinos típicos; explicar as características da região nordeste (clima, relevo, vegetação, bioma, estados e capitais, etc.); serão confeccionados estandes para apresentação das turmas no pátio da escola; confecção de pequenos livros com linguagem rimada em grupo com apoio do twitter.


1º aula: Apresentação da literatura de cordel, suas origens, leituras de alguns livros em sala de aula. Esclarecimento de dúvidas e perguntas acerca desse tipo de literatura pela turma. Apresentação do projeto Cordel Encantado: objetivos, metas e avaliação. Divisão da turma em cinco grupos. Para a próxima aula trazer exemplos de literatura de cordel (pesquisa na internet).


2º aula: apresentação das histórias lidas por cada grupo. Em seguida, propor a atividade de confecção das suas próprias histórias rimadas. Os grupos deverão compor essa história com o apoio do twitter, irão começar a escrita através dessa rede social e terminá-la em sala com o grupo.


3º aula: apresentação das histórias desenvolvidas, em um grande circulo. Todas as histórias serão apresentadas na última aula para toda a comunidade escolar. Confecção dos convites do projeto Cordel Encantado pela turma em sala e a proposta final levada para digitação, impressão e divulgação virtual pelas diversas redes sociais. 


4º aula: Organização do figurino e cenário; gravação de um pequeno vídeo sobre as principais características da região nordeste e de um recital do melhor livro escolhidos pelos grupos para apresentação no data show na próxima aula.


5º aula: Apresentação para toda comunidade escolar do projeto Cordel Encantado. Cada grupo contará e distribuirá suas histórias para os visitantes. Cada estande constará de apresentação e recitação de suas histórias e de autores lidos em sala de aula.


Avaliação: A avaliação será realizada durante as atividades em sala e no dia da apresentação pela observação do desempenho dos grupos, pelas discussões e a capacidade de argumentação de cada um, além da clareza nas apresentações visuais e escritas.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Divulgação: Univ Fed. Lavras edital de seleção de tutores online

A Universidade Federal de Lavras abriu o edital para seleção de tutores de disciplinas do 1o e 2o semestres para tutores a distância.

Poderão se inscrever para o processo seletivo: graduados/as com experiência mínima de 1 (um) ano no magistério (educação básica ou ensino superior presencial ou a distância), pós-graduados/as (Lato Sensu ou Stricto Sensu), ou estudantes vinculados/as a Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu.

A remuneração mensal pela atuação como tutor/a será de R$765,00 (setecentos e sessenta e cinco reais). A carga horária de trabalho depende da disciplina que o candidato escolher e for selecionado para atuar. 

Inscrição de 8/2 a 24/2, via site www.cead.ufla.br

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Editorial Folha de S. Paulo: Dentro da escola


Dentro da escola

País alcança algumas metas para chegar a 2022 com educação de qualidade, porém alunos e professores ainda têm muito a aprender


Editorial Folha de S. Paulo
São Paulo, quinta-feira, 09 de fevereiro de 2012



Nenhuma nação, de que tamanho seja, pode conformar-se com 3,8 milhões de crianças e jovens fora da escola. No Brasil isso representa menos de 2% da população, mas é como se um Uruguai inteiro de 4 a 17 anos fosse esquecido na margem da estrada.

Tal foi a cifra que mais chamou a atenção no balanço periódico do ensino no Brasil feito pelo movimento Todos pela Educação. O número absoluto assusta, mas oculta que o acesso à escola no país vem melhorando: de 89,9% da população em idade escolar, em 2006, chegamos a 91,5% em 2010.

Não deixa de ser um progresso, mas lento. Nesse ritmo, será difícil atingir a primeira de cinco metas fixadas pelo movimento para 2022: toda criança e jovem na escola. O objetivo intermediário para 2010 era 93,4% -e ficamos aquém.

Na avaliação da segunda meta (toda criança alfabetizada até os oito anos de idade), generalizou-se a nota vermelha. O desejado era chegar a 80% do total em 2010. Nem o Sudeste, com o melhor desempenho do país, chegou a 70% de alunos com domínio de leitura, escrita e contas básicas.

O monitoramento do terceiro objetivo (todo aluno com aprendizado adequado à sua série) revela um desastre: nenhum nível de ensino, em nenhuma região país, obteve mais que 46% de alunos com rendimento satisfatório em português ou matemática, em 2009 (último dado a ser colhido).

O acúmulo de problemas e deficiências alcança o paroxismo no ensino médio, fulcro da quarta meta (todo jovem com esse diploma até os 19 anos). Pouco mais da metade (50,2%) chegou lá em 2009. Mais que a cifra determinada para aquele ano (46,5%), é verdade, mas com desempenho pavoroso em matemática -só 11% dos formandos aprendem o que deveriam dessa matéria essencial para usar produtivamente os conhecimentos e as ferramentas da ciência e da tecnologia.

O quadro é acabrunhante e não pode ser explicado apenas por falta de verbas, justificativa tradicional de quem só consegue ver a questão pelo ângulo material (prédios, tecnologia) ou corporativista (salários). Já se gastam 4,3% do PIB no Brasil com educação, perto dos 5% estipulados na quinta meta, sem que isso se traduza na revolução de que o país necessita.

Trata-se de um dever nacional resgatar aqueles 3,8 milhões de jovens e crianças que estão fora da escola. É dentro dela, porém, que falta dar os passos cruciais: qualificar melhor o corpo docente, remunerá-lo de forma condizente, atrair os melhores profissionais e dotá-los com os conteúdos e métodos para que ensinem o que os alunos precisam aprender.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Alerta: uso de tecnologias de ensino

No dia 2 de fevereiro de 2012, na Folha de S. Paulo, foi publicada uma charge que diz respeito ao uso de tecnologias no ensino.
Fonte: Folha de S. Paulo, 2 de fevereiro de 2012


Como o governo está divulgando a quatro ventos que haverá tablets gratuitos para os alunos da rede pública, resta a pergunta: nós, professores, saberemos usar essa nova tecnologia para o ensino? Ou será apenas um recurso subutilizado e que apenas distrairá os alunos, em vez de contribuir para o aprendizado?


Pensando nisso, publico mais uma vez a charge em vídeo de uma professora que ensina tabuada da mesma forma, a única diferença é que ela passa a usar slides em vez de lousa. Isso não é de fato uso de tecnologias no ensino.






É preciso explorar outras técnicas didáticas e aliá-las às novidades da informática. Por que manter apenas a técnica de exposição de conceitos, por que manter o foco do aprendizado no professor e não no aluno?


Quem aceita o desafio?

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Como pode ser a escola do futuro

28/01/2012 - 08h53

Aula de inteligência

DE SÃO PAULO

As férias estão acabando. E gostaria de mostrar aqui uma escola que está dando uma aula de inteligência --e aponta, com beleza e criatividade, para onde vai a educação no futuro.
É uma escola na Suécia que pediu a arquitetos e designers para criar seu espaço de acordo com a visão de uma educação mais livre e sofisticada, baseada na cooperação, no cruzamento constante dos conhecimentos, no diferente papel do professor, onde ele não seja o centro, mas um orientador.
O resultado é simplesmente deslumbrante e inspirador, mostrando como ainda se vive no atraso. O bom aluno não é plateia, é protagonista. Clique aqui para ver as imagens.
Gilberto Dimenstein
Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Em colaboração com o Media Lab, do MIT, desenvolve em São Paulo um laboratório de comunicação comunitária. É morador da Vila Madalena.

domingo, 29 de janeiro de 2012

1a. defesa de TCCs UGF

Ontem, 28 de janeiro de 2012, ocorreu a defesa de TCCs da primeira turma a se tornar especialista no curso de Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa da Univ Gama Filho, curso que coordeno e em que atuou como tutora.


Foi muito gratificante notar que as quatro professoras-alunas Edmari, Cidnéia, Fernanda e Núbia desenvolverem trabalhos consistentes, fundamentados e criativos. 


Uso de blogs, jornal, atividades diversas foram temas desses projetos tão bem sucedidos e que impactaram positivamente não só no aprendizado dos alunos, mas também na autoestima das professoras-alunas.


Parabéns a vocês quatro que se dedicaram aos TCC e, mais importante, a aplicar o que aprenderam no curso para tornar o ensino de português mais eficaz! 


E agradeço as professoras Aline, Fernanda, Carol e Paula pelas aulas tão bem elaboradas e a dedicação aos alunos.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Lançamento: Educação Básica, de Maria Lucia Vasconcelos

Recebi o e-mail abaixo e achei interessante divulgar o livro abaixo:


A Editora Contexto apresenta o primeiro lançamento do ano: Educação Básica, de Maria Lucia Vasconcelos – pedagoga formada pela USP, com doutorado em Educação pela mesma instituição, presidente do Conselho Municipal de Educação de São Paulo e conselheira titular do Conselho Estadual de Educação de São Paulo.
O livro já está disponível, aproveite!

 
Discutir a educação básica em nosso país é tarefa cada vez mais necessária e urgente. Por isso, este livro selecionou temas centrais para quem vive a realidade da sala de aula, como a relação professor-aluno, formação, planejamento, diálogo e mídia e educação. No final de cada capítulo, um educador – referência no campo de formação de professores – é entrevistado pela autora, com a finalidade de enriquecer o debate proposto. Assim, Educação básica surge como um pretexto para que se possa pensar acerca de algumas das questões que abrangem o processo de educação formal de escolas brasileiras. É também um convite a professores para que revejam e discutam suas práticas, sua profissão e, sobretudo, seu papel social. Obra recomendada especialmente a docentes preocupados com seu ofício e a estudantes em cursos de formação de professores.
Clique aqui e leia um capítulo.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Usando o Twitter em sala de aula: plano de aula

Plano de aula elaborado pela professora Tânia Pereira Lopes Guimarães, aluna da pós de metodologia do ensino da língua portuguesa, da Universidade Gama Filho.

Aula:  Gêneros escritos  – Produção de minicontos no Twitter e impresso.

Número de aulas: 6 aulas

Número de alunos: 26

Características dos alunos: 70% dos alunos são oriundos de escola particular e 30% de escola pública, esses com dificuldades de entrosamento.

Objetivos: Ao final das  aulas, os alunos serão capazes de adequar o uso da linguagem escrita em veículos diferentes, desenvolver a síntese e utilizar recursos coesivos em um texto.

Objetivos específicos:  Ao final das aulas os alunos serão capazes de criar textos temáticos,  adaptar-se à rede social e entender a lógica da produção de texto com narração e descrição.

Conteúdo: Produção de texto, através da escolha de um gênero, com o uso de diversos meios de comunicação, como o oral, a escrita e a informática.

Técnica Didática:
1 - Relatar à classe as atividades que serão desenvolvidas neste plano para que haja um esclarecimento, possibilitando o envolvimento dos alunos. (10 min.)
- Solicitar aos alunos a escolha de um ou mais relator para anotar as atividades durante as aulas. (10min).
 - Perguntar aos alunos quem usa o twuitter  e o que conhecem sobre conto e quais suas características . (10min.)
- Disponibilizar impressos que reproduzam informações sobre o twitter e sobre contos e discutir os temas com a turma. (10 min.)
Obs.: Solicitar aos alunos o livro “Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século XX”  e informar quais atividades a serem desenvolvidas na próxima aula. (5 min)

2 - Iniciar a próxima  aula pedindo para o relator registrar na lousa quais atividades que foram realizadas na aula anterior. (5min)
- Dispor a sala em círculo para conversar com a turma e recuperar o que já sabem sobre conto e o twitter. (10min.)
- Apresentar o livro para a sala, realizando comentários e incentivando os alunos a fazerem perguntas. (15min.)
- Pedir para turma escolher 10 contos, que poderá ser por votação, realizando junto com eles a leitura de 5 contos. (10min.).
Obs.: Solicitar aos alunos que leiam em casa os contos escolhidos para a próxima aula e informar quais atividades serão desenvolvidas. (5 min).
3 - Iniciar a próxima  aula pedindo ao relator para expor as atividades realizadas na aula anterior e responder as dúvidas. (5min.)
- Apresentar os detalhes de um conto e quais são os ingredientes que o caracterizam, como: a  ação, o lugar, o tempo e o tom, usando data show.  (10min)
- Orientar a produção de uma história dentro de uma temática que agrade a  turma. A escolha pode ser feita por votação. Não limitar o tamanho do texto nesta etapa, mas
ressaltar que ele se tornará um micro-conto.  (10min.)

- Aguardar o tempo de produção do conto. (15 min.)
Obs.: Solicitar que leiam o texto em casa e tentem reescrevê-lo, cortando palavras ou frases que julgarem desnecessárias e trazer para a próxima aula os dois textos. (5 min.)
4 - Iniciar a próxima  aula relatando as atividades que foram realizadas na aula anterior. (5min.)
- Pedir para os alunos formarem duplas para verificar quanto o texto do colega diminuiu e discutir os critérios da edição. Circular pela sala sugerindo formas de diminuir o microconto, questionando qual é a idéia central da história. (15min.)
-Solicitar que reescrevam o conto após as discussões. (15min)
Obs.: Pedir que em casa reescrevam a historia no computador  ou em papel comum para a próxima aula e  informar  quais serão as próximas atividades . (10min.)
5 - Iniciar a aula pedindo para o relator expor as atividades realizadas na aula anterior e responder as dúvidas (10 min.)
- Solicitar aos alunos para se organizarem em 5 grupos, 4 de cinco e um de 6, elegendo um representante. (10min.)
- O representante de cada grupo deve ler um dos textos escolhido pela turma, levando em consideração não apenas o seu aspecto formal, mas o caráter impactante. (15min)
Obs:Recolher as outras produções para verificar se há problemas relativos à coerência, ao estilo e ao uso de conectores linguísticos. Devolver na próxima aula. (10min.).
6- Iniciar a próxima  aula pedido para o relator expor as atividades que foram realizadas na aula anterior e responder as perguntas.(10 min.)
- Entregar para os grupos os textos com as observações realizadas pelo professor e pedir que reescrevam os contos. (10min).
- Dispor a sala em circulo e incentivar a turma a discutir sobre as observações e se são pertinentes às idéias planejadas. (15min)

- Criar uma conta no twitter  O Livro Virtual, que reunirá todos os microcontos com os textos escolhidos assim que estiverem digitados, conforme o formato do twuitter. Imprimir algumas cópias e entregar para os grupos.
*Recursos:* Livro Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século XX (Marcelino Freire, 240 págs.), sala de informática, computador com acesso a internet, data show, papel comum e caneta.
Avaliação
A avaliação será realizada durante as atividades através da observação, do desempenho das discussões e a capacidade de argumentação, além da coerência e da coesão no texto redigido individualmente e em grupo.